domingo, 3 de julho de 2011

Nem as sombras
Nem a luz
Nem o rico
Nem o pobre
Nem o injusto
Nem o justo
Nem o antes
Nem o outrora
Nem o amor
Nem o rancor

Nem a certeza de que certamente estamos vivos
Nem a incerteza de que podemos estar errados
Nem a falsidade escondida sob um falso olhar
Nem a sinceridade de assumir algo que realmente o fez chorar

Porque o garoto brinca sozinho com seu barquinho de papel?
Porque a chuva molha o rosto delicado da moça?
Porque sofremos por amor?
Porque as pessoas nos julgam por nossas expressões?
Será que é cedo demais para dizermos uns aos outros como agirmos?

Não sei exatamente
Só sei que não é tarde demais

Agora eu sei porque o garoto está sozinho
Percebi o jeito como a chuva cai sobre seu rosto
Passei a entender o significado "amar"
Hoje eu sei como o olho me observa assustado

Nem eu
Nem você

Somos apenas peças de um jogo sem fim
Onde quem joga esse jogo
Sabe exatamente qual estratégia traçar
E esse jogador

É Deus.
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